A Mulher e o Feminismo
“A revolução
social não poderá ser definitivamente vitoriosa a não ser quando o homem e a
mulher, enfim reconhecidos, combaterem juntos pela justiça e pela igualdade”
-Paule Minck
A
figura da mulher, de elemento secundário, passou a ser algo extremamente
importante na sociedade atual, onde ela exerce cada vez mais um papel de
protagonista, embora ainda sofra com as heranças históricas do sistema social patriarca
lista em seu dia a dia. Com o tempo, graças às lutas promovidas, a mulher vem
conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura
de mera dona de casa e assumindo postos de trabalho, cargos importantes em
empresas e estruturas hierárquicas menos submissas.
Apesar de uma maior presença
no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere aos
diferentes gêneros. A mulher, em muitos perfis familiares, acumula tanto as
funções trabalhistas quanto as domésticas e até as maternas, ficando, muitas
vezes, sobrecarregada. Além disso, o número de mulheres ocupando cargos de
nível superior nas empresas ainda é menor, embora elas constituam a maioria
apta a pertencer ao mercado de trabalho. E por falar em trabalho, o salário da
mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos homens na sociedade atual,
fator que fica ainda mais crítico quando nos referimos às mulheres negras.
É
por essa desigualdade ainda latente, fruto de um passado que deixou marcas na
atualidade – em que a mulher era vista apenas para a reprodução e como um
complemento do homem –, que surge a necessidade de lutar pelos direitos
femininos.
Não por acaso, a influência
do feminismo tem crescido na sociedade, apesar do fato de muitas pessoas
carregarem mitos sobre esse movimento, tal como pensar que feminismo é o
contrário de machismo ou que as mulheres feministas lutam contra os homens,
entre outros erros. A luta feminista é pela igualdade entre mulheres e homens
na sociedade, é contra o machismo e o patriarcalismo, lutando pela liberdade
individual, tanto é que homens também podem atuar, embora as lideranças devam
ser obviamente compostas por mulheres.
Mais
um entre os problemas vividos pelas mulheres na sociedade é a questão da
violência. Embora leis específicas (tais como a “Lei Maria da Penha”) e as
Delegacias da Mulher tenham sido criadas no Brasil, ainda são numerosos os
casos de agressões no ambiente domiciliar, assédio, estupro, assassinatos e
outros. Isso sem falar no monitoramento social constante sobre as atitudes e o corpo
da mulher, que são cada vez mais cercados de “regras” e posturas morais que
muitas vezes privam os direitos e as liberdades individuais.
Por todos esses motivos,
embora o papel da mulher na sociedade venha se tornando cada vez maior e
melhor, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados. É preciso, pois,
combater a cultura machista na sociedade (e isso não significa “combater os
homens”!), melhorar o acesso das mulheres a postos de trabalho e cargos
elegíveis, promover melhores salários, efetivar o direito da mulher sobre o seu
próprio corpo e sobre a sua liberdade individual, além de efetivar a proteção
de mulheres ameaçadas em seus cotidianos.
Os desafios são grandes, mas
quanto menor for a resistência das pessoas no sentido de questionar ou combater
as pautas femininas, mais ampla e melhor será a efetivação de uma sociedade
mais igualitária. Trata-se de uma missão a ser concluída por toda a sociedade,
tanto pelas mulheres quanto pelos homens.
“Jamais nos
calaremos até o dia que nos concedam os mesmos direitos”
-Susan B
"Eu sou uma sobrevivente e não vou parar!"
Evelyn
Equipe Blog do Maurício
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