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domingo, 18 de janeiro de 2015

#CantinhodaCultura

Chiquinha Gonzaga
Compositora de música popular nascida no Rio de Janeiro, RJ, criadora de Abre alas! (1899), a primeira marcha carnavalesca brasileira e sucesso até os dias de hoje.
Filha natural de Rosa Maria de Lima com o militar de carreira José  Basileu, que mesmo sob forte pressão da família, assumiu a criança e a registrou como sua filha e deu-lhe rigorosa educação.
Aprendeu a ler e a escrever, fazer contas e, principalmente, tocar piano, e a música tornou-se sua grande paixão. Estudou regência e iniciou a carreira (1858) como compositora de polcas, muito apreciadas na época. Na então sociedade patriarcal, seguindo a vontade de seu pai casou-se (1863), com apenas 16 anos, com Jacinto Ribeiro do Amaral, de 24 anos.
Esse casamento não podia dar certo e a separação foi à única saída. Foi expulsa de casa por seu pai, que, a partir daquele momento, renegou sua paternidade. Com o filho João Gualberto ainda no colo, ela partiu em busca de uma nova vida e assim encontrou-se com o meio boêmio carioca, onde deslanchou sua vocação artística. Compôs partituras para peças teatrais, operetas e revistas com relativo sucesso, totalizando cerca de oitenta partituras para teatro musicado e mais de duas mil peças menores.
Participou ativamente na luta pelo direito autoral e participou da campanha abolicionista, atitudes que a tornaram alvo dos preconceituosos da época. Autora de numerosa e variada obra musical que contribuiu para fixar o cancioneiro popular brasileiro com maxixes, modinhas e o nascente samba urbano. Essa compositora também teve o mérito de aproximar a música erudita da popular e foi uma das primeiras a introduzir o violão nos salões cariocas.
Foi à primeira mulher do Brasil a estar à frente de uma orquestra.
Em 1885, a compositora e pianista Chiquinha Gonzaga estreou como maestrina. Precursora do chorinho, ela compôs mais de duas mil canções populares, entre elas a primeira marcha carnavalesca do País – “Ô Abre Alas”. Escreveu ainda 77 peças teatrais.
Além da música, Chiquinha participava ativamente do movimento pela libertação dos escravos. Vendia de porta em porta suas partituras, a fim de angariar fundos para a causa.
                                
Mulher, abolicionista e compositora, além é claro de ser filha de mulata com branco, todas as características que fizeram passar por preconceitos em sua época.
Desistiu?
Não, apenas ficou mais forte e usou suas composições para lutar contra o preconceito.

Equipe Blog do Maurício
Verão 2014/2015

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